sexta-feira, 25 de junho de 2010

A maior parte dos estudos que considera a questão da

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sociedade civil. Neste sentido, o acesso ao espaço público é sempre objeto de lutas entre esses atores e a mídia seria, dentre as instituições, o espaço central da ação pública.
Mas como definir público, noção ambígua em sua essência, e que ocupa o centro dos debates sobre a mídia há mais de um século?
Originária do latim – no qual a raiz publicus significa literalmente vindo do povo – a noção, a partir da invenção da impressão no século XV, adquire outra concepção.


Ao criar uma máquina capaz de reproduzir idéias, conhecimentos e informações, o homem do Renascimento mostrou claramente que na mentalidade daquele tempo existia algo além do desejo de dominar a natureza. Existia a necessidade de difundir como este domínio se realizava.
Por outro lado, a infinita vontade de conhecer, de reproduzir o mundo sob outra ótica – ainda que melancólica – tornou presente para este homem que o saber poderia ser massificado e que o conhecimento difundido. As cópias manuscritas que os eruditos copiavam laboriosamente não atendiam mais ao mundo moderno. Os livros – ou seja, a possibilidade de difundir idéias e o próprio conhecimento – não mais manuscritos, mas impressos, às centenas e milhares, tornaram-se necessidade fundamental.
Apenas o “ethos” econômico, bem como condições.